terça-feira, 25 de junho de 2013

Convite informal e inaugural da Albergaria de Pipas, com novidades diárias, semanais, quinzenais ou bimestrais, dependendo do humor seminal deste que vos encaminha ......... atalho para albergar. Pretendo o quanto antes dividir a administração do local com outros alberguistas, pois os objetivo é tão somente deixar rastros, como namorados pondo corações em tronco de árvore, passeios veraneios na orla entardecida, declarações quentes no cimento fresco; lençóis amarfanhados, banheiro esfumaçado, espelho embaçado com um nome molhado; o vinho que fica mais tinto quando bebido no seio amado; cigarro amornando no cinzeiro de bronze, iodo arroxeando a rubra recém ferida; a vida inaugurada com dor, choro e o sorriso da gestora; fragmentos inesquecíveis por tão fragmentados; gritos eufóricos, infantes instantes de Super-Homens, brindes insanos de conquistas sem romanos; fotografias, cartas (não de todo extintas);poemas em guardanapos, músicas dedicadas; filmes encenados, cenários bairristas que, por um instante, poderiam ser Gaudí ou Niemeyer manipulando Legos... Enfim...

Vento Chuva Céu Cerol

Manipula o menino o anzol
para rapinar o peixinho no céu
enquanto ainda é azul do mar
enquanto o vento - ainda sangue -
não trás nuvens de chumbo,
pesados tanques
para conter a manifesta invasão
de tantos losangos 
tantos Arlequins
tantos moleques
que soltam papagaios
que soltam arraias
que soltam os olhos
e só nos olhos soltos
dos soltos infantes,
Peter Pans delirantes,
cabem céu e mar. 

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