De que vale
a espada desembainhada
Apontada pros
céus em ameaça
Se, entre
os anônimos da praça,
És presa
fácil pra pichação e cagada?
Pra quê
tanta glória e história
Chumbadas no
bronze, inclusas no nome
Se, hoje,
figurando entre o vício e a fome,
És amigo e penico
da escória?
De que adianta
domar o selvagem corcel
Cujo relincho
está trancafiado
Se, imponente
e negligenciado,
És nada
mais que uma memória ao léu?
Anônimo aos
muitos anônimos,
O imperador
posa para turistas engraxates
Migrantes
mendigos ilusionistas e biscates
Cheio de si
e ’ternizados ânimos.