Zack corre após tirar
os chinelos
Pontilhando na areia
a alegria
De quem reencontra um
velho amigo,
Gaivota perseguindo
siris,
Marujo avistando
terra firme.
Não faz sol
E o mar está nublado,
cinza, carregado
E o céu negro, sujo,
enferrujado...
Mas Zack não dá bola
E me pede a bola
Para que, num chute,
Manifeste a alegria
de ser vento
Enquanto o mar mira o
garoto
Agitado, saltitante,
desesperado
Com as ondas que vem
Com a areia que se vai
Com o sal que engole
Com o mar nos ouvidos
E o nariz escorrendo.
Zack parece peixe dentro
d’água
Enquanto a praia
enferruja os portões,
As janelas, as
antenas, as bicicletas
Mas não o menino,
Meninos não
enferrujam
Nem quando o mar está
nublado,
Nem quando o frio lhe
deixa roxo e arrepiado
Zack quer deixar a
praia
Que não precisa de
sol,
Não para o menino.
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