É necessário uma bigorna,
um martelo e a fornalha
para que o poema, que orna,
também brilhe feito navalha.
Possa ele ceifar plantações,
exércitos e pomares;
deva ele armar batalhões,
calçar cavalos e extrair molares.
Ardente oficina é o homem
cujo encéfalico martelo
junto de bigorna e abdômen
escrevam o amolado cutelo
na página de ferro e brasa
onde a carne, com o corte, se casa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário