Não
busque em mim versos beligerantes,
tampouco amores bebendo refrigerante.
Não
rego o poema com enchentes
nem
deito nele deixando-o dormente.
Pode
o poema estar no sono do ventre;
quiçá entre
vermes devorando leão doente,
quiçá
entre gaivotas, quiçá escravo...
Não
busque função no que esculpo... Desculpe, escrevo.
Da
pedra se extrai busto e lápide,
do
homem se extrai pedra e cinzel.
Com
um formão, abro meu peito!
Com
sol e chuva, Tempo talha meu mármore
e
" O Imperador Sobre O Empinado Corcel'
não
é uma estátua, é um poema a ser feito.
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